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O que é um plano de recuperação de desastres?

Um plano de recuperação de desastres aumenta sua resiliência e sua capacidade de recuperação cibernética

 

Como funcionam os planos de recuperação de desastres?

Os planos de recuperação de desastres são documentos oficiais, elaborados por uma empresa. Eles contêm instruções detalhadas para reagir a diversos imprevistos, como desastres naturais, quedas de energia, ataques cibernéticos e outros incidentes prejudiciais. O plano contém estratégias para minimizar os efeitos de um desastre, para que uma organização continue a operar - ou retome rapidamente suas principais operações.

As interrupções podem resultar em perda de receita, danos à marca e clientes insatisfeitos. Quanto maior for o tempo de recuperação, maior será o impacto sobre os negócios. Portanto, planos eficazes para recuperação de desastres devem permitir recuperação rápida após interrupções de qualquer tipo ou origem.

Com o serviço de recuperação de desastres, você protege a continuidade das operações de sua empresa com recuperação de desastres na nuvem, tornando possível uma retomada em questão de minutos.

O que é recuperação de desastres como serviço?

Os planos de recuperação de desastres são mais específicos que os planos de continuidade empresarial. Eles nem sempre cobrem todo tipo de medida contingencial para todos os procedimentos, ativos, profissionais e parceiros de negócio da empresa.

Uma solução eficaz de recuperação de desastres geralmente abrange todos os tipos de interrupção e não apenas os mais comuns. As interrupções podem ser causadas por queda de energia, falhas do sistema telefônico, perda temporária de acesso a uma instalação devido a ameaças de bomba, um "possível incêndio" ou um incêndio não destrutivo de baixo impacto, inundação ou outro evento. Um plano de recuperação de desastres deve ser organizado por tipo de desastre e local. Ele deve conter scripts (instruções) que possam ser implementados por qualquer pessoa.

Antes da década de 1970, a maioria das organizações se preocupava apenas em fazer cópias de seus registros físicos. O planejamento de recuperação de desastres ganhou destaque durante a década de 1970, à medida que as empresas começaram a depender mais fortemente das operações com base em computadores. Naquela época, a maioria dos sistemas eram mainframes orientados por lote. Outro mainframe externo poderia ser carregado a partir de fitas de backup, enquanto se aguardava a recuperação do site principal.

Em 1983, o governo dos Estados Unidos determinou que os bancos nacionais deveriam ter um plano de backup que poderia ser testado. Esse exemplo foi seguido por empresas de diversos segmentos, pois já estava evidente para todos que interrupções demoradas causam grandes prejuízos.

Nos anos 2000, as empresas já dependiam ainda mais de serviços digitais em rede. Com o advento do big data, da nuvem, dos smartphones e das redes sociais, as empresas passaram a lidar com volumes cada vez mais maiores de captação e armazenamento de dados. Por conta desse aumento exponencial no volume de dados e na variedade de dispositivos existentes, os planos de recuperação de desastres se tornaram muito mais complexos. A partir de 2010, com o advento da computação em nuvem, foi possível diminuir essa complexidade, com as empresas terceirizando seus planos e soluções de recuperação.

A crescente sofisticação dos ataques cibernéticos é um fenômeno atual que ressalta ainda mais a importância de se implementar um plano minucioso de recuperação de desastres. Levantamentos estatísticos mostram que diversos ataques passam despercebidos por muito mais do que 200 dias. Com tanto tempo para se esconder em uma rede, os invasores podem inserir um malware que pode se espalhar pelos conjuntos de backup, infectando até mesmo os dados de recuperação. Os ataques podem ficar adormecidos por semanas ou meses, permitindo que malwares se propaguem por todo o sistema. Mesmo após um ataque ser detectado, pode ser extremamente difícil remover malwares que estão espalhados por toda a organização.

Cada segundo conta: recuperação rápida para serviços de entregas

A interrupção de negócios devido a um ataque cibernético pode ter um impacto devastador em uma organização. Por exemplo, a interrupção cibernética em uma empresa de entrega de pacotes pode suspender as operações em toda a sua cadeia de fornecimento, resultando na perda de receita e em impacto na reputação. No mundo contemporâneo, que depende cada vez mais da tecnologia digital, cada segundo após uma interrupção é importante.

Por que um plano de recuperação de desastres é importante?

As empresas recorrem cada vez mais à multicloud híbrida por conta da crescente necessidade de aprimorar a satisfação do cliente e os resultados de seus próprios negócios. A multicloud híbrida, no entanto, aumenta a complexidade da infraestrutura e a quantidade de riscos. Por conta disso, sua gestão requer qualificação e ferramentas especializadas. Como resultado da complexidade, as organizações estão sofrendo frequentes interrupções e falhas no sistema, juntamente com ataques cibernéticos, falta de habilidades e falha do fornecedor. O impacto de negócios das interrupções ou da inatividade não planejada é extremamente alto, mais ainda em um ambiente multicloud híbrido. Oferecer resiliência em uma multicloud híbrida requer um plano de recuperação de desastres que inclua qualificações especializadas, uma estratégia integrada e tecnologias avançadas, incluindo orquestração para proteção de dados e recuperação. As organizações devem ter resiliência corporativa abrangente com tecnologia de orquestração para ajudar a reduzir os riscos de continuidade de negócios na multicloud híbrida e permitir que as empresas alcancem seus objetivos de transformação digital

Outras razões para uma empresa adotar um plano de recuperação de desastres detalhado e testado:

  • Minimizar interrupções em operações normais.
  • Limitar a extensão da interrupção e dos danos.
  • Minimizar o impacto econômico da interrupção.
  • Estabelecer meios alternativos de funcionamento com antecedência.
  • Treinar as equipes com procedimentos de emergência.
  • Proporcionar uma restauração fluída e rápida do serviço.

Para atender as expectativas do mundo atual de promover operações de negócios contínuas, as organizações devem ser capazes de restaurar sistemas críticos em minutos, ou segundos, após uma interrupção.

Como as empresas utilizam seus planos de recuperação de desastres?

Muitas organizações têm dificuldade para desenvolver suas estratégias de plano de recuperação de desastres rápido o suficiente para proteger os ambientes híbridos de TI atuais e as complexas operações de negócios. Em um mundo conectado 24x7, uma empresa pode obter uma vantagem competitiva, ou perder uma fatia do mercado, se conseguir se recuperar de desastres rapidamente e recuperar seus serviços essenciais para os negócios.  

No tocante a planos de recuperação de desastres e à continuidade de suas operações, algumas empresas recorrem a consultores externos. Eles realizam as análises necessárias e contribuem com o planejamento, a elaboração, a implementação, os testes e a gestão de programas completos de resiliência.

Alguns serviços proativos, como o de recuperação de infraestrutura de informática da Kyndryl, contribuem para que as empresas superem as interrupções inesperadas, fornecendo soluções flexíveis e acessíveis para recuperar a estrutura de TI após um desastre.

Com o crescimento dos ataques cibernéticos, as empresas estão mudando a abordagem de recuperação tradicional/manual para uma abordagem de resiliência automatizada e definida por software. Os serviços de resiliência cibernética da Kyndryl fornecem tecnologias avançadas e recomendações práticas para avaliar melhor os riscos e priorizar e proteger, com mais eficácia, os dados e aplicações essenciais da empresa. Tais soluções auxiliam as empresas a manterem suas atividades durante um ataque cibernético, ou a retomá-las no menor tempo possível.

Outras empresas recorrem a serviços de backup em nuvem, como o serviço de recuperação de desastres da Kyndryl. Eles fornecem replicação contínua dos sistemas, dos dados, da infraestrutura e das aplicações mais essenciais. Isso permite que a estrutura de TI volte a operar rapidamente após uma interrupção. Outros serviços, como a recuperação por servidor virtual em nuvem, fornecida pela Kyndryl, empregam a virtualização para conferir proteção em tempo real aos servidores mais essenciais. Com eles, suas aplicações são recuperadas rapidamente, em um centro de resiliência da Kyndryl. Com isso, as atividades da empresa são preservadas durante rotinas de manutenção e em meio a interrupções imprevistas.

Um número cada vez maior de empresas emprega a resiliência orquestrada. Esta abordagem utiliza a nuvem, recuperação automatizada e uma série de ferramentas de gerenciamento projetadas especificamente para ambientes híbridos de TI. Um exemplo é o serviço de resiliência orquestrada da Kyndryl, que preserva as dependências dos processos da empresa e cobre aplicações, dados e componentes de infraestrutura. Ele aumenta a disponibilidade das aplicações empresariais, permitindo assim que as empresas recorram, mediante uso de painel centralizado, a conhecimentos aprofundados ou especializados o suficiente para os objetivos de ponto de recuperação e de tempo de recuperação serem implementados e o estado geral de continuidade da TI ser preservado.

No mundo sempre conectado da atualidade, o preço da inatividade é muito alto, com perda de receita, danos à reputação e penalizações legais. Veja como o Kyndryl Serviços de orquestração de resiliência em cloud contribui para revolucionar a gestão e a recuperação de seus sistemas de TI. Ele emprega a automatização para simplificar os procedimentos de recuperação, aumentar a eficiência do fluxo de trabalho e reduzir as despesas, os riscos e o volume de testes.

Como os planos de recuperação de desastres são utilizados no mercado?

A Hyundai Heavy Industries percebeu como a vida é implacável quando um terremoto de 5,8 graus na escala Richter atingiu suas instalações em 2016. Como seu centro de backups ficava nas redondezas, na cidade coreana de Ulsan, o episódio serviu de alerta para a empresa reexaminar seus sistemas de recuperação e se preparar melhor para interrupções de maior envergadura.

Em 2016, a Hyundai viu, em primeira mão, como sua infraestrutura essencial de TI era vulnerável a catástrofes naturais. Felizmente seus diretores de TI reagiram de imediato, operando lado a lado com os profissionais de resiliência empresarial da Kyndryl para implementar um robusto esquema de recuperação, em um datacenter remoto.

Quais são as principais etapas de um plano de recuperação de desastres?

Os planos de recuperação de desastres têm como objetivo garantir reação apropriada a desastre ou emergência que afete os sistemas de informação de uma empresa, minimizando assim os efeitos sobre as suas atividades.A Kyndryl criou um modelo de elaboração de planos básicos de recuperação de desastres. Seguem abaixo os procedimentos indicados, conforme apresentados no modelo. Depois de preparar as informações, recomenda-se armazená-las em um local seguro e acessível, fora das instalações da empresa.

  1. Objetivos principais: O primeiro passo é fazer um esboço dos principais objetivos do plano de recuperação.
  2. Pessoal: Fazer registros dos profissionais que processam os dados. Inclua uma cópia do gráfico de organização com o seu plano.
  3. Perfil da aplicação: Listar as aplicações, indicando se elas são essenciais e se são ativos fixos.
  4. Perfil do estoque: Liste o fabricante, o modelo, o número de série e o preço de cada elemento, indicando se ele é da própria empresa ou cedido por terceiros.
  5. Procedimentos de backup dos serviços de informação: Indique o procedimento adotado, incluindo dados como: "Os destinatários dos registros são alterados às ________ e às ________." e: "Objetos modificados das seguintes bibliotecas e diretórios foram armazenados em ____."
  6. Procedimentos de recuperação: Todo plano de recuperação de desastres precisa conter os seguintes elementos:
    • Procedimentos de resposta de emergência para documentar a resposta adequada a um incêndio, catástrofe natural ou quaisquer outras atividades, a fim de proteger vidas e reduzir os danos.
    • Procedimentos de operações de backup para garantir que as tarefas operacionais essenciais de processamento de dados possam ser conduzidas após a interrupção.
    • Procedimentos para o sistema de processamento de dados ser restaurado rapidamente após um desastre.
  7. Plano de restauração para instalações móveis: Plano de implementação de estrutura física móvel, plano de comunicação emergencial (incluindo plantas de engenharia, indicando os locais da fiação) e uma planta de engenharia indicando a estrutura de abastecimento elétrico.
  8. Plano de restauração em estrutura física emergencial: Um plano para implementação de estrutura física temporária e emergencial. Tal estrutura temporária e emergencial precisa contar com sistema provisório de backup, a ser utilizado enquanto a estrutura física original da empresa permanecer indisponível.
  9. Restauração integral: Para fazer o sistema retornar ao estado anterior ao desastre, empregue os procedimentos de recuperação indicados em "Gestão de sistemas: Backup e restauração" para perdas completas do sistema.
  10. Reconstrução: A equipe de gerenciamento avalia os danos e inicia a remontagem ou montagem de um novo data center.Teste do plano de recuperação: Para o planejamento ser bem-sucedido, é importante testar e avaliar regularmente o plano de recuperação de desastres e a restauração de TI. As operações de processamento de dados são voláteis por natureza, resultando em mudanças frequentes de equipamentos, programas e documentação. Por conta disso, é essencial encarar o plano como um documento em constante mudança.
  11. Reconstrução das instalações: Para essa etapa, recomenda-se utilizar uma planta baixa do data center e listar os equipamentos de hardware necessários, com possíveis alternativas. Inclua também medidas de área do data center, a estrutura necessária para o abastecimento de energia e os requisitos de segurança.
  12. Registro de modificações no plano: deixe seu plano de recuperação sempre atualizado. Registre todas as mudanças feitas na configuração, nas aplicações e nas rotinas e procedimentos de backup.